terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Genealogia e trajetória da família Andrade (1752-1902)

Após análise de registros de batizados, matrimônios e óbitos, reconstitui a trajetória de cinco gerações da família Andrade, num período de 150 anos. Nesse recorte temporal, os descendentes transitaram sucessivamente por duas cidades do sul de Minas Gerais (Ouro Fino e Caldas) até se estabeleceram em São João da Boa Vista, situada em São Paulo, na divisa com MG. As fontes desta pesquisa foram registros religiosos da Igreja Católica como registros civis, disponíveis para consulta no site Family Search, mantido pela Sociedade Genealógica de UTAH, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.


Ouro Fino e Caldas.

José Manoel de Andrade, a primeira geração conhecida da família Andrade nasceu em Ouro Fino, por volta de 1752. O ano do nascimento é estimado a partir da idade informada no registro do seu sepultamento. Ouro Fino foi fundada oficialmente em 1749, sob um arraial que existia há pelo menos um ano e cujo povoamento se deu em decorrência da descoberta de jazidas de ouro na região. Situada em área fronteiriça entre as capitanias de São Paulo e Minas Gerais, Ouro Fino acabou ficando sob jurisdição civil de Minas Gerais e religiosa sob o bispado de São Paulo.

A Igreja de São Francisco de Paula foi concluída em 1749, mesmo ano em que o arraial foi elevado à condição de freguesia, passando de uma capela feita de troncos de árvore para uma estrutura de pau a pique e posteriormente uma construção com materiais mais resistentes. O assento de batismo de José Manoel de Andrade não foi localizado, assim como o do seu casamento. Todavia, sabe-se que em 1781 ele já estava casado com Brígida Ferreira de Mello, pois aparece como testemunha do casamento de sua cunhada Eleonor Correa ou Eleonor Ferreira de Castilho com José Alves Antunes em dezembro daquele ano na igreja de São Francisco de Paula de Ouro Fino, constando a informação que as testemunhas eram “todos casados e moradores nesta freguesia”.

Brígida Ferreira de Mello nasceu em 1759 em Campanha, freguesia de Minas Gerais, sendo batizada em 26 de julho, sendo filha de Manoel Ferreira de Mello e de Apolonia Leme Correa. Nos assentos de batismo das irmãs mais novas de Brígida, também batizadas em Campanha, obtivemos a informação de que Manoel Ferreira de Mello era natural de Taubaté e Apolonia Leme Correa natural de Guaratinguetá, ambas vilas situadas na capitania de São Paula.

Apolonia Leme Correa veio a falecer em 24 de janeiro de 1803, conforme o assento de falecimento, na idade de 98 anos “para mais ou menos” e sendo “viúva do defunto Manoel Ferreira de Mello.” Essa idade descobriu-se que era exagerada. Apolonia nasceu em 1726, em Guaratinguetá, onde foi batizada em 8 de fevereiro, filha de Salvador Moreira de Castilho e de Izabel de Arruda Cabral (também chamada de Izabel de Miranda). Já falei da genealogia dos Moreira de Castilho em postagem anterior. Ressalto que entre 1730 e 1736, Salvador migrou com os filhos para a Capitania de Minas Gerais, onde instalou-se em N. S. da Piedade da Borda do Campo (atual Barbacena), onde três filhas se casaram. Apolonia e outra irmã, Joanna Moreira de Castilho aparecem já casadas em Campanha na década de 1750, quando são batizados vários filhos. A partir de 1760, Apolonia e Manoel Ferreira de Mello mudam-se para Ouro Fino, onde quatro filhas se casam, entre elas Brígida.

Entre os anos de 1781 e 1789, José Manoel de Andrade e Brígida Ferreira de Mello terão tido ao menos três filhos, sendo eles Manoel José de Andrade Brilho, Anna e Maria. Manoel José de Andrade Brilho posteriormente tornou-se um fazendeiro em Caldas e ascendeu à função de tenente por volta de 1820, quando é mencionado como padrinho em vários assentos de batismos sendo o nome precedido de seu cargo. Entre os meses de março e julho de 1807, Manoel José casou-se com Anna Francisca. Já a filha “Anna” sabemos de sua existência unicamente através do seu assento de falecimento, datado de 3 de abril de 1800 em Ouro Fino, consta ter falecido na idade de “treze para quatorze anos”, o que indica o ano de 1786 como o do seu nascimento. Da filha Maria, sabe-se que em 1807 ainda era solteira, conforme registrado em um assento de batismo em que foi madrinha ao lado de seu pai.

Na década de 1790 encontramos os batismos dos restantes filhos de José Manoel de Andrade e Brígida Ferreira de Mello. Em 14 de fevereiro de 1790, o batismo de Manoel Luís de Andrade, em 8 de abril de 1792 o de Ignácio de Andrade, em 16 de maio de 1794 o de Francisca e em 20 de julho de 1795 o de Antonio, todos batizados na igreja de São Francisco de Paula em Ouro Fino.

Manoel Luís de Andrade veio a se casar na idade de 20 anos na mesma igreja de São Francisco de Paula em 5 de setembro de 1810 com Catharina Maria do Espírito Santo, natural da vila de Cunha e filha legítima de José Pereira Lopes e de Maria Rosa do Espírito Santo. Quando Manoel Luís casou-se, fazia um ano que seu pai havia falecido. “José Manoel de Andrade de idade de 57 anos, casado que foi com Brígida Ferreira de Mello” faleceu de “nauzea” em 3 de setembro de 1809 e veio a ser sepultado no dia seguinte “asima das grades numero cinco” na igreja de São Francisco de Paula de Ouro Fino.

É a partir desse momento que a família Andrade começa a se deslocar de Ouro Fino para Caldas, que existia como um arraial desde aproximadamente 1780 e sendo elevada à condição de freguesia em 1813. O povoamento do sul de Minas Gerais se dá na segunda metade do século XVIII em decorrência do esgotamento da produção aurífera. Dessa forma, muitos migravam das regiões de mineração em busca de novas formas de subsistência, encontrando no sul da capitania um ambiente propício para a criação de animais. Considera-se ainda o fator psicológico, com o aumento da pressão do governo colonial para a cobrança do quinto e as correntes ameaças de uma derrama. E a partir da década de 1790, José Manoel e Brigida são registrados como moradores no "Bairro" ou "Mato das Antas". Dependendo da localização, é possível que esta família formassem parte dos primitivos habitantes do arraial que posteriormente de Caldas, do qual passaram a ser fregueses oficialmente após sua elevação à freguesia em 1813.

O último membro da família Andrade a nascer em Ouro Fino e ser batizado na igreja de São Francisco de Paula foi Feliciano, cujo batismo foi em 29 de janeiro de 1812, tendo ele 6 dias de vida. O padrinho de Feliciano foi o próprio avô materno, José Pereira Lopes. Há mais uma filha natural de Ouro Fino, Maria do Carmo de Jesus de Andrade, cujo assento de batismo não foi localizado. A mudança de Ouro Fino para Caldas se deu no ano e meio seguinte a partir dessa data. A filha Alexandrina Maria é batizada na igreja de Nossa Senhora do Patrocínio em Caldas em agosto de 1813.

Nos onze anos seguintes nasceram os demais filhos de Manoel Luiz de Andrade e Catharina Maria, sendo que esta surge com diferentes versões de seu nome em cada um dos batizados dos filhos, deixando de ser Catharina Maria do Espírito Santo para ser registrada ora como Catharina Maria da Conceição e ora como Catharina Maria de Jesus. Os demais filhos, a saber: José Luís de Andrade, em 1814, Antonio em 1822 e Marianna em 1824, sendo que os dois últimos faleceram ainda bebês e em datas próximas. Marianna faleceu em 13 de março de 1824 e Antonio semanas depois, em 1° de abril.

No fim dessa década, a filha Alexandrina Maria, com a idade de 15 anos recém completados deu a luz uma filha que foi batizada com o nome de Marianna. A menina faleceu com poucos meses de vida. Porém, o que chama a atenção é que a criança é batizada como filha de “pai incógnito”. Nesse período, Alexandrina Maria ainda era solteira. Ela só veio a se casar em 3 de fevereiro de 1830 e em avançada gravides, pois deu a luz à sua segunda filha um mês depois da data do casamento, tendo ainda 16 anos. O casamento foi com Camillo Antonio de Lelis, filho do capitão Antonio Felipe Pereira do Lago e de Maria Rofina Gomes da Silva. A filha nascida pouco depois do casamento recebeu o nome da avó materna, Rofinna. Um segundo filho do casal foi batizado também em Caldas, Joaquim. Aos 18 anos, Alexandrina Maria já havia sido mãe de três crianças.

Um dia antes do casamento de Alexandrina Maria e Camillo Antonio Lelis, foi o casamento de Maria do Carmo de Jesus de Andrade, outra filha de Manoel Luiz e Catharina Maria. Casada com Pedro Antonio Gonçalves, natural de Sorocaba e filho de Manoel Gonçalves de Morais e de Manoela Pires, tiveram ao menos dois filhos, Alexandrina Maria (II) casada em Caldas em 1853 (o assento de casamento não informe nem o dia e nem o mês) com Vicente Lopes de Morais, filho de pai incógnito e de Francisca Antonia de Morais. O outro filho de Maria do Carmo de Jesus e de Pedro Antonio Gonçalves foi Feliciano Gonçalves de Andrade, sendo batizado em São João da Boa Vista, mas casado em Caldas em 15 de novembro de 1853 com Domiciana Evarista Teixeira. Foram pais de Higino Gonçalves de Andrade, Rita Teixeira de Andrade e Zeferino Gonçalves de Andrade.


São João da Boa Vista.

A primeira referência de um membro dessa família em São João da Boa Vista é a do batizado de Feliciano Gonçalves de Andrade, por volta de 1833. A informação consta em seu assento de casamento. O assento de batismo não foi localizado, pois os registros religiosos de São João da Boa Vista começaram no ano de 1833. Se Feliciano nasceu pouco antes de começarem os registros, isso explicaria a ausência do mesmo no livro de batismos. Aproximadamente dez anos depois, isto é, a partir de 1842, temos três referências novas da família em São João da Boa Vista. A do batizado de uma criança, filha de uma escrava de Manoel Luís de Andrade (em 17 de novembro de 1842, batizado de Portifiria, filha de Joanna, escrava de Manoel Luís de Andrade). Em 1846 o mesmo José Luís de Andrade é registrado como eleitor e em 1847 compra terras. Possivelmente o pai já havia falecido entre 1846, ou também teria sido registrado como eleitor.

José Luís de Andrade, pertencente à terceira geração dessa família. Nascido e batizado em Caldas, foi casado com Josepha Maria de Mello. Alguns dos filhos de José Luís de Andrade e Josepha Maria nasceram e foram batizados em São João da Boa Vista a partir da década de 1840, quando a família já havia se deslocado de Caldas para a nova freguesia (São João da Boa Vista foi elevada à categoria de freguesia em 1838). O local do casamento de José Luís e Josepha Maria ainda é desconhecido, não tendo sido encontrado nos livros referentes à São João da Boa Vista e Caldas, assim como não se localizou alguns dos batismos de filhos, que podem ter nascido em outra vila ou freguesia. Em 1846, como mencionamos, foi registrado como eleitor, tendo "32 anos", e como profissão "negociante". Se a profissão requeria mudanças, isso pode ajudar a explicar o nascimento de filhos em outras localidades ainda desconhecidas.

José Luís de Andrade assim como seu tio Manoel José de Andrade Brilho viria a ser tenente. Ademais, José Luís foi eleito vereador duas vezes. A primeira em 1864 e a segunda em 1869. A freguesia de São João da Boa Vista fora elevada à categoria de Vila em 1859.
Filhos com Josepha Maria: Maria Magdalena Rosa, Belarmina, José Luís de Andrade Júnior, Virgínio, Elisa Evangelina, Adalzira Adelaide, Avelino Augusto, Ulysses Luís e Chremirdes Clementina.
Com uma mulher incógnita, foi pai de Amélica, já casada em 1879 com Francisco Eugenio de Souza.

Desfrutando de uma boa posição social, José Luís de Andrade casou os filhos com pessoas de famílias de igual posição social. Maria Magdalena Rosa casou-se com Custódio José Barbosa de Sandeville, irmão do padre José Valerianno de Souza e que foi o primeiro professor na vila de São João da Boa Vista; José Luís de Andrade Júnior casou-se com Francisca Theodora Mafra, parente da família Mafra, fazendeiros; Elisa Evangelina casou-se com o médico sueco Daniel Henrique Jacob Augusto Kiellander (que se converteu ao catolicismo); Adalzira Adelaide foi casada com João Hypolito do Amaral Pinto; e Avelino Augusto casou-se com Delmira Vieira Fernandes. A descendência desses filhos espalhou-se para outras cidades além de São João da Boa Vista e com outros sobrenomes.

De José Luís de Andrade Júnior com Francisca Theodora Mafra, nasceram em São João da Boa Vista os filhos Acelino, Nestor, Lucília e José Luís de Andrade (o 3° com esse nome); Com o falecimento de Francisca Mafra em 1886, José Luís de Andrade Júnior casou-se com Eleoquina Galvão, sendo pai ainda de Irma Andrade. Destes filhos, Lucília de Andrade casou-se em 1902 com o imigrante português Francisco Martins de Oliveira, natural de Vila das Capelas, Açores, e o 3° José Luís de Andrade foi casado com Maria Serabina Sotano, de quem teve vários filhos com o sobrenome Andrade em São João da Boa Vista, e, após o falecimento de Maria Serabina, casou-se com Eleonora Janzon, filha de imigrantes suecos.

Descendência.

José Manoel de Andrade (Ouro Fino, MG, c. 1752; f. 3 de setembro de 1809, sepultado no dia seguinte acima das grades, número 5, na igreja matriz de Ouro Fino). Casado com Brígida Ferreira de Mello (Campanha, MG, bat. 26 de julho de 1759), filha do taubateano Manoel Ferreira de Mello e da guaratinguense Apollonia Leme Correa (Guaratinguetá, SP, bat. 8 de fevereiro de 1726; f. Ouro Fino, 24 de outubro de 1803, com a exagerada idade de 98 anos). Apollonia pertencia a família Moreira de Castilho.

1. Francisco Antonio de Andrade (Ouro Fino, c. 1778). Casado em Ouro Fino em 1799 com Genovefa Maria de Jesus, morta em 1821. Casou-se pela 2ª vez em Ouro Fino em 20 de outubro de 1822 com Annacleta Antonia da Conceição. Francisco Antonio de Andrade faleceu em Caldas em 13 de junho de 1846. Com suas duas esposas, Francisco deixou 13 filhos. Atualização: ainda não copei sua descendência, mas os mesmos já constam na árvore do Family Search. 

2. José Manoel de Andrade Brilho (Ouro Fino, c. 1785), tenente em Caldas a partir de 1820. Casado já em 1807. A partir de 1840 era lavrador da "Fazenda do Jagoary" (referência ao rio Jaguari). Possuía escravos e foi padrinhos de várias crianças batizadas entre entre 1803 e 1841. Sabe-se até agora de um único filho, José, possivelmente com sua segunda esposa, Anna Francisca (desconhece-se quem tenha sido a primeira).
2.1 José, nascido em falecido aos 18 de fevereiro de 1842, na Fazenda do Jagoary, em Caldas, onde seus pais eram lavradores. Sepultado no Adro da igreja matriz de Caldas.

3. Anna (Ouro Fino, c. 1786; f. 3 de abril de 1800, na idade de 13 para 14 anos).

4. Maria (Ouro Fino, c. 1788). Solteira em 1806-1807, quando foi madrinha em dois batismos junto com o seu pai.

5. Ignacia Maria de Jesus (Ouro Fino, c. 1789). Casada em Ouro Fino em 5 de março de 1810 com Francisco Xavier Rodrigues, filho de Francisco Xavier Rodrigues e de Francisca Nunes Cardoza.
5.1 Ancelmo (batizado em Ouro Fino, 26 de abril de 1812)
5.2 Antonio (batizado em Ouro Fino, 16 de junho de 1814)
5.3 Brizida (batizada em Caldas, 27 de agosto de 1817)

6. Manoel Luís de Andrade (Ouro Fino, bat. 14 de fevereiro de 1790). Casou-se em Ouro Fino aos 5 de setembro de 1810 com Catharina Maria do Espírito Santo, natural de Cunha (SP), filha de José Pereira Lopes e de Maria Rosa do Espírito Santo. Nos batismos dos filhos de Manoel Luís e Catharina Maria, ela passou a ser chamada de Catharina Maria de Jesus e Catharina Maria da Conceição. A partir de 1813 são moradores na freguesia de Caldas.
6.1 Feliciano de Andrade (Ouro Fino, nasceu em 23 de janeiro de 1812, sendo batizado no dia 29 do mesmo mês). Em 1831 era solteiro e morador em Caldas, onde foi padrinho de batismo de uma criança. Joaquim Feliciano Teixeira de Andrade (ainda não copiado, mas já consta na árvore do Family Search) casado com Generosa Candida Barbosa, e falecido em Andradas em 25 de novembro de 1896).
6.2 Maria do Carmo de Jesus de Andrade (Ouro Fino, c. 1812). Maria do Carmo casou-se em Caldas aos 2 de fevereiro de 1830 com o sorocabano Pedro Antonio Gonçalves, filho de Manoel Gonçalves e Manoella Pires). Forma pais de:


  • Alexandrina Maria de Jesus, nascida em Caldas por volta de 1831 e, casada na mesma cidade em 1853 com Vicente Lopes de Moraes, também natural de Caldas, filho natural de Francisca Antonia de Moraes.
  • Pocinata, batizada em Caldas em 28 de agosto de 1831. O seu nome parece ser uma estranha variação de típicos nomes mineiros do século XIX, como Porcina ou Pulcina.
  • Feliciano Gonçalves de Andrade, nascido e batizado em São João da Boa Vista por vota de 1833. Casou-se em Caldas aos 15 de novembro de 1853 com Domiciana Evarista Teixeira (Caldas, c. 1839 - f. 31 de outubro de 1895), filha de José Antônio Teixeira e Rita Gomes de Oliveira. Feliciano e Domiciana tiveram vários filhos nascido e batizados em Caldas: Higino Gonçalves de Andrade (n. 31 de agosto de 1860); Evaristo (22 de abril de 1863); José (24 de maio de 1867); Hiduvirges (14 de novembro de 1869); João Pedro Teixeira de Andrade (15 de janeiro de 1872); Maria (1874); Lina (5 de março de 1877); Inocencia (1877); e ainda Rita Teixeira de Andrade e Zeferino Gonçalves de Andrade.
  • Pedro Gonçalves de Andrade casado por volta de 1864 em Casa Branca com Policena Lepoldina Nepomuceno. Foram pais de: José Gonçalves de Andrade, Avelino Gonçalves de Andrade, Etelvina Gonçalves de Andrade, Hedwiges Gonçalves de Andrade, Pedro de Andrade e Amélia de Andrade.
  • João Gonçalves de Andrade casou-se em Casa Branca aos 25 de fevereiro de 1865 com Maria Magdalena do Rosário. Pais de: Innocencia, Lina, Rosa, Cyrillo...
  • Balbino Gonçalves de Andrade casou-se em Casa Branca aos 27 de fevereiro de 1865 com Alexandrina Balduina das Dores. Foram pais de: João, Artur, Altina...
  • Joanna, batizada na capela de São Sebastião do Jaguari (Andradas) em 26 de junho de 1851.
6.3 Alexandrina Maria de Jesus (Caldas, n. 12 de agosto de 1813 e batizada no dia 20 do mesmo mês). Alexandrina Maria ficou grávida aos 14 anos e teve uma filha que foi batizada em o nome do pai. Pouco depois, em 3 de fevereiro de 1830, ainda com 16 anos, foi celebrado em Caldas o casamento de Alexandrina Maria com Camillo Antonio de Lellis, natural de Ouro Preto, filho do Capitão Antonio Felipe Pereira do Lago e de Maria Rofina Gomes da Silva. Em outros documentos Antonio Felipe Pereira do Lago é mencionado com o sobrenome "do Amaral", assim como outros de seus filhos.
  • Marianna, nascida em Caldas aos 19 de agosto de 1828, sendo batizada em 27 do mesmo mês. Faleceu com 7 meses de vida, em 23 de março de 1829. Filha de Alexandrina Maria e de "Pai Incógnito".
  • Rofinna, nascida em Caldas aos 6 de março de 1830, cerca de um mês após o casamento de Alexandrina Maria com Camillo Antonio Lellis. Batizada no dia 14 do mesmo mês.
  • Joaquim, nascido em Caldas aos 23 de fevereiro de 1832 e batizado em 4 de março seguinte.
  • Maria
  • Joze Alcebíades do Amaral. Casou-se em Campinas em 14 de janeiro de 1882 com Gertrudes Carlos de Campos.
  • Manoel
  • João
  • Emília
6.4 José Luís de Andrade (Caldas, n. 3 de novembro de 1814 e batizado no dia 13 do mesmo mês). Na década de 1840 passou a ter residência em São João da Boa Vista, onde era negociante. Foi registrado como eleitor em 1846 e em 1847 registrou a compra por Jose Luís de uma parte de terra da fazenda Ribeirão Dourado (de José Maria de Paula) de quatro alqueires de superfície, plantados com milho, no valor de oitenta mil réis. Ao longo de sua vida em São João da Boa Vista, José Luís de Andrade foi juiz de Paz, eleito vereador em 1864, ocupou o cargo de tenente e ainda escrevia editoriais para jornais na capital. Ainda não foi localizada a cidade onde se casou, nem o ano, mas sua esposa era mineira, D. Josepha Maria de Mello, de filiação ainda desconhecida. Com Josepha Maria, José Luís teve 9 filhos. Com uma mulher incógnita, foi pai de uma mulher chamada Amélia.
  • Maria Magdalena Rosa de Andrade, ou, apenas Madalena Sandeville, como ficou conhecida. De naturalidade incerta (possivelmente era mineira), nasceu por volta de 1845. Em 1860 ou 1861 casou-se com Custódio José Barbosa de Sandeville, natural de Caconde, onde foi batizado em 30 de janeiro de 1838 (nasceu no dia 18 daquele mesmo mês), filho natural de Anna Norberta de Souza (esta, falecida em São João da Boa Vista em 3 de fevereiro de 1875 e viúva de Joze de Souza Varella). Custódio era meio irmão mais novo de José Valerianno de Souza, que foi padre em São João da Boa Vista a partir de 1855. Em 16 de junho de 1862 apresentou à Câmara de São João da Boa Vista sua carta de nomeação interina para o cargo de professor púbico de primeiras letras. Um ano depois, em 4 maio de 1863, foi a vez de Maria Magdalena Sandeville ser nomeada como professora pública para meninas. O título foi registrado pela Câmara de São João da Boa Vista em 1° de junho do mesmo ano. Tiveram vários filhos, nascidos em batizados em São João da Boa Vista: Belarmina de Andrade Sandeville (n. 25 janeiro de 1862, bat. 23 de março do mesmo ano); Maria Sandeville (bat. 20 de julho de 1868); Theodomiro Sandeville (n. 11 de julho, bat. 16 de agosto de 1869); Vermelinda (n. 2 de abril, bat. 3 de junho de 1870); Arminda de Andrade Sandeville (n. 1 de outubro, bat. 1 de dezembro de 1872); Guilherme Sandeville (bat. 1 de janeiro de 1873); Ostiano (Ostiniano) Sandeville (n. 16 de maio, bat. 28 de maio de 1875); Estella Sandeville (n. 14 de janeiro; bat. 12 de fevereiro de 1884); Rita de Andrade Sandeville (n. 18 de junho, bat. 18 de agosto de 1885); e também Auzébio e Elvira de Andrade Sandeville.
  • José Luís de Andrade Júnior. Nasceu em 1846 e foi batizado em São João da Boa Vista no dia 1° de janeiro de 1847. Faleceu na mesma cidade em 29 de julho de 1902. Por um breve período, terá sido correspondente de jornais na capital, como fora seu pai. Em 1875 casou-se com Francisca Theodora Mafra, nascida por volta de 1862, filha de Antônio Francisco Mafra e Constância Perpétua de Jesus. Tiveram 4 filhos; Francisca Mafra faleceu em 21 de junho de 1886, com "23 anos", e foi sepultada no cemitério da Matriz. Francisca faleceu no parto de seu último filho, também chamado de José Luís de Andrade. José Luís de Andrade Júnior casou-se pouco depois com Eleoquina Galvão, filha de Joaquim Galvão e Maria Custódia Galvão e tiveram dois filhos. Com Francisca Mafra: Acelino de Andrade (9 de fevereiro de 1876); Nestor de Andrade (29 de junho de 1878); Lucília de Andrade (7 de novembro de 1879 - 1 de abril de 1867) que se casou em São João da Boa Vista em 29 de junho de 1902 com o imigrante português Francisco Martins de Oliveira; e José Luís de Andrade (20 de junho de 1886 - 7 de abril de 1936), casado com Maria Serabina Sotano e pela segunda vez com Eleonora (Helena) Janzon; Com Eleoquina Galvão: Irman de Andrade (10 de abril de 1890) e um feto, nascido e falecido em 22 de agosto de 1902.
  • Belarmina, nascida em 1847 e morta com um ano de idade, sepultada no cemitério da Matriz de São João da Boa Vista em 7 de março de 1848).
  • Elisa Evangelina de Andrade, nascida e batizada em São João da Boa Vista por volta de 1851 (registro de batismo ainda não localizado). Elisa faleceu em São João da Boa Vista em 26 de dezembro de 1911. Em 22 de fevereiro de 1876, Elisa casou-se com o médico Daniel Henrique Jacob Augusto Kiellander, nascida em Ausas, província de Skane, na Suécia em 30 de novembro de 1845, e que faleceu em São João da Boa Vista em 14 de julho de 1895. Daniel converteu-se ao catolicismo para casar-se com Elisa. Tiveram ao menos 3 filhos: Daniel Kiellander (nasceu por volta de 1879 e faleceu em São João da Boa Vista em 8 de outubro de 1924); Carlos Augusto Henrique Kiellander (nasceu em 9 de setembro de 1880); e Augusta Kiellander (nasceu em 3 de outubro de 1885).
  • Virgino, nasceu em junho de 1856 e faleceu em 3 de outubro do mesmo ano, com "4 meses".
  • Chremirdes Clementina de Andrade, batizada em São João da Boa Vista em 2 de oububro de 1863.
  • Adalzira Adelaide de Andrade (ou Adargira). Terá nascido em 17 de março de 1864, sendo a última filha de José Luís de Andrade e Josepha Maria. Casou-se com João Hypolito do Amaral Pinto, com filhos nascidos em Piracicaba e em São João da Boa Vista.
  • Avelino Augusto de Andrade, possivelmente o segundo filho homem de José Luís de Andrade que chegou a idade adulta. Sabe-se que foi casado com Delmira Vieira Fernandes, filha de Antonio Vieira Fernandes e de Plautilia Garcia Leal, sendo Plautilia batizada em 16 de outubro de 1842 em São João da Boa Vista, filha de José Garcia Leal Filho. Encontrada uma filha do casal: Clotilde de Andrade, nascida em São João da Boa Vista em 1890.
  • Ulysses Luís de Andrade. Em 29 de junho de 1902, quando sua sobrinha Lucília de Andrade casou-se com o português Francisco Martins de Oliveira, Ulysses Luís foi uma das testemunhas no casamento, uma vez que o pai de Lucília, José Luís de Andrade Júnior deveria estar doente, pois faleceu pouco depois em 29 de julho.
6.5 Antonio (Caldas, n. 20 de setembro, bat. 7 de outubro de 1822; faleceu no mesmo local com um ano e meio de idade, em 1 de abril de 1824).
6.6 Marianna (Caldas, n. 15 de janeiro, bat. 23 de janeiro de 1824; faleceu dois meses depois, em 13 de março de 1824, dias após o falecido de seu irmão Antonio que também morreu ainda bebê.

7. Ignacio (Ouro Fino, bat. 8 de abril de 1792)
8. Francisca (Ouro Fino, bat. 16 de maio de 1794)
9. Francsica (Ouro Fino, bat. fevereiro de 1802)




Pesquisa de Samuel Cassiano, historiador
Dezembro de 2019.

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